quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

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1 - ÍNDICE RÁPIDO, PRÁTICO E EFICIENTE DO BLOG DOS ALDEÕES INSURGENTES FURIOSOS DESGOVERNADOS – DEZEMBRO DE 2008 A DEZEMBRO DE 2009
http://insurretosfuriososdesgovernados.blogspot.com/2009/12/indice-rapido-pratico-e-eficiente-do_7217.html
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2 - ÍNDICE RÁPIDO, PRÁTICO E EFICIENTE DO BLOG DOS ALDEÕES INSURGENTES FURIOSOS DESGOVERNADOS – JANEIRO DE 2010 EM DIANTE
http://insurretosfuriososdesgovernados.blogspot.com/2010/01/indice-rapido-pratico-e-eficiente-do.html
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ÍNDICE RÁPIDO, PRÁTICO E EFICIENTE DO BLOG DOS ALDEÕES INSURGENTES FURIOSOS DESGOVERNADOS – JANEIRO DE 2010 EM DIANTE

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CRÍTICA AO TEATRO FÚRIA E OS INSURRETOS FURIOSOS DESGOVERNADOS Nº 11
http://insurretosfuriososdesgovernados.blogspot.com/2010/01/11-critica-ao-teatro-furia-e-os.html
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11º CRÍTICA AO TEATRO FÚRIA E OS INSURRETOS FURIOSOS DESGOVERNADOS


A Companhia Teatro Fúria (adoro nomes que revelam sua própria história!) apresentou, obviamente, o fim do mundo com “Nepal”, escrito pelo também ator Péricles Anarcos. Foi surpreendente a todos pelo entusiasmo, competência e união do grupo. Nada mais atual e pertinente. Não me deixou nenhuma esperança e ainda por cima fez-me rir! Rir de hiena. Não é tarefa fácil fazer o ser humano rir da própria desgraça. Obrigado por me lembrar, como Tchekhov, que os seres humanos são patéticos.
Iolanda Gentileza - Professora da USP
foto por Bárbara Baptista

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

HISTÓRIA DO MUNDO - por Insurreto Arthur Lopes


O homem procura riquezas. A terra é cheia delas. Por elas fazemos inimigos, conquistamos territórios, matamos. Tomar o que é do Outro é nosso ímpeto. O homem sempre trabalhou e irá trabalhar sob a terra. Todas as raças e mais distantes povos também o fazem. Oh! Europa, bela mulher tão antiga quanto nossas rochas, não compreendes que os amigos que vivem em comunhão dividem o fruto dos seus trabalhos. A ambição, o orgulho e o egoísmo tomaram conta de ti. Fartas riquezas lhe entorpeceram o olhar, acreditavas seguir as ordens e os desejos do próprio Deus. Ele que criou o Céu e a Terra, não lhe sondamos o início, pretensiosos procuramos definir como começou. O Tempo! Ah! o Tempo como diria meu irmão, tudo transforma, inicia, extingue, desde o mais rico até a mais pobre das criaturas. Digam-me sábios do século XXI, o Homem não possui alma? Seremos eternamente separados por castas e posições? Este mesmo homem criou a arma, antes palavras ao vento, hoje rajadas de fogo, criou também pelas suas mãos a rocha lapidada, a flecha, o aço, a pólvora, o canhão, o revólver, o avião, o computador, a bomba. O que somos, além de seres imperfeitos em busca de um pouco de Luz? O que temos, além do Amor, que a nós pode salvar e tranformar também aqueles que ainda não amam. Amar o Outro, ajudar o Outro, essa é nossa verdadeira e única missão. Hoje digito essas palavras e sei que não há respostas para essas perguntas. As palavras humanas são fracas, incompreensíveis, a Fé é divina, acessível. Digo pra você amigo, que já está preparado para ouvir. Cada dia é um combate e dizem que esse mundo é prova, expiação, regeneração, ao final deles prestamos contas, analisamos, temos o livre arbítrio de decidir nossas penas, inteligentes que somos, e senhores dos animais, escolhemos o prazer ou a dor, o martírio ou a fama. Somos únicos e nossas experiências solitárias. Do que temos medo? da morte? Esse intrumento divino que nos leva até Ele, o Pai, Sábio, Bom, Justo. Só Ele o É! O homem sempre buscará as riquezas, procure-as e as achará, mas as verdadeiras riquezas não se encontram sobre a Terra. Ela está além de nossos olhares, será que somos humildes para merecê-las? Quem poderá nos julgar senão somente o Criador. Rendo graças ao Grande e Eterno, e ao meu Mestre querido. Ele veio nos ensinar o Caminho. Perdoe sempre, perdoe este ser que lhes dirige essas palavras, viva cada dia como se fosse o último, sabendo que eles continuarão em outros planos, outros canais. O que levaremos?A Fé, a Caridade e o Amor, nada mais!


Arthur Lopes * - Arthur lopes é filósofo e mora em Cuiabá -MT. Texto escrito dia 05/01/2010

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

AOS QUE VIRÃO DEPOIS DE NÓS - por Insurreto Bertold Brecht


I

"Eu vivo em tempos sombrios. Uma linguagem sem malícia é sinal de estupidez, uma testa sem rugas é sinal de indiferença. Aquele que ainda ri é porque ainda não recebeu a terrível notícia.
Que tempos são esses, quando falar sobre flores é quase um crime. Pois significa silenciar sobre tanta injustiça? Aquele que cruza tranqüilamente a rua já está então inacessível aos amigos que se encontram necessitados? É verdade: eu ainda ganho o bastante para viver. Mas acreditem: é por acaso. Nado do que eu faço dá-me o direito de comer quando eu tenho fome. Por acaso estou sendo poupado. (Se a minha sorte me deixa estou perdido!) Dizem-me: come e bebe! Fica feliz por teres o que tens! Mas como é que posso comer e beber, se a comida que eu como, eu tiro de quem tem fome? se o copo de água que eu bebo, faz falta a quem tem sede? Mas apesar disso, eu continuo comendo e bebendo.
Eu queria ser um sábio.
Nos livros antigos está escrito o que é a sabedoria: Manter-se afastado dos problemas do mundo e sem medo passar o tempo que se tem para viver na terra; Seguir seu caminho sem violência, pagar o mal com o bem, não satisfazer os desejos, mas esquecê-los. Sabedoria é isso! Mas eu não consigo agir assim. É verdade, eu vivo em tempos sombrios!

II

Eu vim para a cidade no tempo da desordem, quando a fome reinava. Eu vim para o convívio dos homens no tempo da revolta e me revoltei ao lado deles. Assim se passou o tempo que me foi dado viver sobre a terra. Eu comi o meu pão no meio das batalhas, deitei-me entre os assassinos para dormir, Fiz amor sem muita atenção e não tive paciência com a natureza. Assim se passou o tempo que me foi dado viver sobre a terra.

III

Vocês, que vão emergir das ondas em que nós perecemos, pensem, quando falarem das nossas fraquezas, nos tempos sombrios de que vocês tiveram a sorte de escapar.
Nós existíamos através da luta de classes, mudando mais seguidamente de países que de sapatos, desesperados! quando só havia injustiça e não havia revolta.
Nós sabemos: o ódio contra a baixeza também endurece os rostos! A cólera contra a injustiça faz a voz ficar rouca! Infelizmente, nós, que queríamos preparar o caminho para a amizade, não pudemos ser, nós mesmos, bons amigos. Mas vocês, quando chegar o tempo em que o homem seja amigo do homem, pensem em nós com um pouco de compreensão. "
BERTOLD BRECHT
foto por Insurreto Marcos Pratt